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Você já ouviu falar sobre o golpe SIM Swap? Esse tipo de fraude, também conhecido como "clonagem de chip", está se tornando cada vez mais comum.
Criminosos conseguem transferir seu número de telefone para um chip que eles controlam, acessando suas mensagens, chamadas e até códigos de segurança enviados via SMS.
Vamos entender melhor como isso funciona, como se proteger e o que fazer caso você seja vítima desse golpe. Acompanhe!
O golpe SIM Swap, também chamado de "clonagem de chip", é uma fraude em que criminosos conseguem transferir o seu número de telefone para um chip que eles controlam.
Com isso, eles acessam suas mensagens, chamadas e até códigos de segurança enviados via SMS, que são usados para entrar em suas contas online, como e-mail, redes sociais e bancos.
Isso é possível porque os criminosos, fingindo ser você, enganam a operadora de telefonia com informações que podem ter sido coletadas de várias maneiras, como a compra de dados vazados.
Esse tipo de golpe é perigoso porque, uma vez com acesso ao seu número, os fraudadores podem não só roubar suas informações pessoais como também aplicar golpes nos seus contatos, pedindo dinheiro.
Quer entender melhor como o golpe SIM Swap funciona para se precaver? Veja como a clonagem do chip é feita, passo a passo.
Primeiro, os criminosos coletam suas informações pessoais, como nome completo, CPF, data de nascimento, endereço e dados de contato. Eles conseguem essas informações de várias maneiras:
Phishing: os golpistas enviam e-mails, mensagens de texto ou criam sites falsos que parecem ser de empresas confiáveis, como bancos. Por exemplo, você pode receber um e-mail que parece ser do seu banco, pedindo para atualizar suas informações de conta. Quando você clica no link e insere seus dados, os criminosos coletam essas informações.
Compra de dados vazados: hackers roubam dados de usuários de empresas e serviços online e vendem essas informações na dark web. Os criminosos compram essas listas de dados a um baixo custo.
Espionagem nas redes sociais: muitos de nós compartilhamos informações pessoais em perfis de redes sociais como Facebook e Instagram. Criminosos podem coletar esses dados manualmente ou usando ferramentas automatizadas para reunir informações como data de nascimento, número de telefone, e-mail e até detalhes sobre seus hábitos.
Engenharia social: os golpistas podem ligar para você fingindo ser de uma instituição confiável e pedir informações pessoais, alegando que precisam verificar sua identidade ou resolver um problema na sua conta.
Com as suas informações em mãos, os criminosos entram em contato com a operadora de telefonia, fingindo ser você. Eles dizem que perderam o celular, que o celular foi roubado ou que o chip está danificado, e pedem a ativação do seu número em um novo chip SIM.
Os golpistas usam várias formas de comunicação para isso:
Ligações telefônicas: Eles ligam para o serviço de atendimento ao cliente da operadora usando as suas informações pessoais para se passar por você.
Chat online: Alguns golpistas usam o suporte ao cliente via chat online oferecido por algumas operadoras.
Visitas a lojas físicas: Em alguns casos, os criminosos vão pessoalmente a uma loja da operadora, levando documentos falsos ou informações detalhadas para passar pela verificação de identidade.
Quando conseguem convencer a operadora de que são realmente o titular da conta, a operadora desativa o chip antigo e ativa o número no novo chip SIM fornecido pelos criminosos. A partir desse momento, o golpista tem total controle sobre o número de telefone.
Para trocar o chip, a operadora precisa confirmar a identidade de quem está pedindo a mudança. Isso é para garantir que a pessoa é realmente o dono da conta. Mas, como o golpista já tem suas informações, ele consegue enganar a operadora. Veja como:
Depois de passar pela verificação, a operadora desativa seu chip antigo e ativa o novo chip com o golpista. Assim, ele tem controle total sobre seu número de telefone.
Quando os criminosos conseguem o controle do seu número de telefone, eles podem acessar várias das suas contas online que usam autenticação por SMS. Isso inclui e-mails, redes sociais, bancos e outros serviços importantes. Veja como isso acontece:
Uma vez dentro das suas contas, os golpistas podem fazer várias coisas:
Isso pode causar muitos problemas para você. Você pode perder acesso às suas contas, seu dinheiro pode ser roubado e suas informações pessoais podem ser usadas para cometer outros crimes. Além disso, recuperar o controle das suas contas pode ser um processo longo e estressante.
Para se proteger do golpe SIM Swap, aqui vão algumas dicas simples e eficazes:
Seguindo essas dicas, você aumenta suas defesas contra o golpe SIM Swap e protege melhor suas informações pessoais e contas online.
Se você caiu no golpe SIM Swap, veja o passo a passo do que fazer para resolver a situação e proteger suas informações:
Quanto mais rápido você agir, menor será o estrago. E lembre-se, isso pode acontecer com qualquer um, então não se sinta mal. O importante é resolver!
A Anatel está colocando em prática novas regras para prevenir fraudes, especialmente aquelas relacionadas ao golpe SIM Swap, em que os criminosos tentam transferir o seu número de telefone sem sua permissão.
Desde agosto de 2023, a Anatel determinou que, se você quiser fazer a portabilidade do seu número, a operadora tem que enviar uma mensagem SMS para confirmar sua intenção. Você precisa responder a essa mensagem dentro de 6 horas.
Se você responder "SIM", sua solicitação de mudança será aceita. Se você não responder ou responder "NÃO", o processo será automaticamente cancelado.
Lembre-se sempre de estar atento às mensagens SMS sobre troca de operadora e confirmar apenas se você realmente solicitou essa mudança.
Essa precaução é importante porque os criminosos podem tentar enganar você para responder "SIM" mesmo que você não queira mudar de plano de celular.
Em caso de dúvidas, é sempre bom falar diretamente com a operadora para entender melhor como funciona o novo procedimento.
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Conteúdo atualizado em
Por Dafne Braga
Dafne é comunicóloga e jornalista formada pela UFMG, além de ser pós-graduada em Revisão de Texto pela PUC Minas. Ela trabalha com produção de conteúdo para internet há mais de 7 anos, revisa e também escreve textos sobre economia doméstica e produtos telecom desde 2020.