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Saiba se o Orelhão ainda funciona, como fazer ligações de graça e quando surgiu!
Os orelhões estão tão em desuso que muitas pessoas nem sabem como utilizar o aparelho. Mas não se preocupe! Abaixo, ensinamos as 4 formas de fazer ligação de um telefone público:
A forma mais prática para fazer chamadas em casos de emergência é fazendo uma ligação a cobrar de um telefone público. Para isso, você deve proceder da mesma maneira que uma ligação a cobrar feita do celular ou telefone fixo:
Disque 9090 + número de telefone desejado.
Se você não tem o costume de fazer ligações a cobrar, saiba que uma musiquinha vai tocar quando a pessoa atender. Logo depois disso, você já pode falar normalmente.
Para ligar para outras cidades a cobrar de um telefone público, você deve seguir a mesma regra das ligações comuns.
Então, basta escolher a operadora que você prefere e discar: 90 + código da operadora + DDD + número de telefone desejado.
Se, no seu caso, a pessoa com quem você precisa falar está em outro país, ainda assim esses equipamentos podem ser a sua salvação.
Preste atenção na ordem que você deve seguir: 00 + código da operadora + código do país + código da cidade + número de telefone desejado.
Essa é uma dúvida de quem provavelmente nasceu depois da invenção dos celulares. Por outro lado, quem já usou telefones públicos pode até questionar se é necessário fichas para fazer chamadas.
Pois é, para falar em um orelhão, antigamente, era necessário comprar fichas que determinavam o tempo que você poderia fazer uma ligação. Atualmente, esse controle é feito a partir dos cartões telefônicos, cujo preço varia de acordo com a quantidade de créditos.
Para efeitos de comparação, os créditos de um cartão telefônico valem mais a pena do que os de um celular, apesar de não oferecerem a comodidade de poder usar onde quiser, precisando encontrar um equipamento para realizar uma chamada.
Depois de adquirir um cartão telefônico em uma loja autorizada, bancas de jornais, entre outros, basta inserir o cartão na leitora e discar normalmente, como se estivesse discando de um telefone fixo ou aparelho celular.
À medida que o tempo de chamada vai passando, os seus créditos vão diminuindo e você pode acompanhar esse processo pelo leitor do equipamento. Muitas pessoas, inclusive, passaram a colecionar esses cartões telefônicos como hobby, já que as capas eram bem diversificadas.
Até março de 2018, alguns estados do Brasil disponibilizaram as chamadas gratuitas para fixo a partir de telefones públicos, incluindo ligações de longa distância.
Também no ano de 2018, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) chegou a determinas que, até 31 de março de 2019, ligações realizadas em orelhões da Oi seriam gratuitas em 11 estados do país.
Infelizmente, não há previsão para que esse tipo de serviço volte a ser de graça até então. Por isso, não fique dependendo dos telefones públicos.
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A grande questão depois que os celulares se tornaram populares é: onde foram parar os orelhões? Foram removidos? Jogados no lixo? Abduzidos por alienígenas?
Na verdade, os telefones públicos continuam como estavam. Inclusive, ainda existem 120 mil orelhões espalhados pelo país. Dos orelhões espalahados pelo país, cerca de 78 mil funcionam 24 horas por dia.
Ainda de acordo com sistema Fique Ligado, desenvolvido pela Anatel, a região sudeste é onde estão 42,5% dos orelhões do país. Em seguida, estão as regiões Nordeste e Sul. Só no Sudeste, existem mais de 51 mil orelhões.
Entretanto, vale lembrar que muitos deles foram bastante vandalizados. Alguns até foram completamente removidos ou destruídos em acidentes de automóveis. O conserto desse serviço de telefones públicos é baixo já que não é mais tão procurado como antes.
Mas os orelhões ainda funcionam? Alguém usa? Segundo estatísticas do Estado de São Paulo, cerca de 93% dos orelhões foram utilizados de julho a dezembro de 2017, com tempo de duração de até dois minutos.
Uma curiosidade é que metade dessas pessoas falaram por até 59 segundos, ou seja, menos de um minuto.
Além de aprensetar dados ligados aos orelhões, no Fique Ligado você também consegue consultar um mapa com os dispositivos ativos e em manutenção. Para fazer uma busca, siga o passo a passo:
Tendo em vista o desuso e o descaso com os telefones públicos do Brasil, o setor regulatório discutiu junto a Anatel a possibilidade de modernizar os orelhões para que voltem a ser necessários para as pessoas.
Com isso, em Florianópolis, foi lançado o primeiro (e único) telefone público com Wi-Fi! Porém, ainda não se teve notícias se o recurso foi eficiente ou utilizado. O fato é que o serviço não foi expandido para outras regiões, possivelmente pelo alto custo e os casos de má preservação dos telefones públicos.
Já outras pessoas, decidiram utilizar os orelhões para fazer arte! Em 2012, foi realizada a Call Parade, uma grande sacada que brinca com a Cow Parade, outro movimento de arte que distribuiu vacas coloridas por artistas por toda São Paulo.
Diversos artistas e designers brasileiros foram convidados a estilizar os orelhões e deixá-los bonitos e chamativos. Ao todo, foram 100 equipamentos customizados, os quais podiam ser visitados a partir de um roteiro.
O orelhão foi criado em 1971 pela arquiteta brasileira Chu Ming Silveira, quando foi chefe do Departamento de Projetos da Companhia Telefônica Brasileira. Chu recebeu a missão de criar um protetor para os telefones públicos que fosse bonito e funcional.
Sendo assim, a arquiteta pensou que a partir do formato de um ovo, a acústica seria melhor mesmo em ambientes fechados (Bruno e Marrone confirmaram que para usar um orelhão era sempre "um barulho, uma confusão").
Então, o projeto ganhou vida e foi fabricado em fibra de vidro, já que este é um material resistente tanto ao sol quanto à chuva, assim como às oscilações de temperatura comuns no Brasil. No entanto, o orelhão não chegou com esse nome.
Denominados de Chu I e Chu II, a população acabou criando apelidos para os dois primeiros projetos: orelhinha e orelhão. Por muito tempo, os telefones públicos eram o único meio de comunicação que as pessoas tinham para falar com alguém fora de casa. Se você nasceu já com o celular na mão, isso pode ser um choque.
Contudo, esses equipamentos acabaram caindo em desuso devido ao surgimento dos aparelhos móveis, depois que os valores se tornaram mais acessíveis.
Você acredita que o primeiro celular do mundo, criado há 30 anos, custava US$3.995? Não, não era um iPhone de última geração, era um Motorola.
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Conteúdo atualizado em
Por Dafne Braga
Dafne é comunicóloga e jornalista formada pela UFMG, além de ser pós-graduada em Revisão de Texto pela PUC Minas. Ela trabalha com produção de conteúdo para internet há mais de 7 anos, revisa e também escreve textos sobre economia doméstica e produtos telecom desde 2020.